A língua por bandeira:
Na Galiza, só em galego!
Pola
Oficialidade Única do Galego
A perseguiçom do direito
fundamental a vivermos na nossa língua, protagonizada por todas e
cada umha das instáncias oficiais da institucionalidade espanhola, é
a melhor prova de até que ponto existe umha planificaçom por parte
do Estado espanhol para a desapariçom da Galiza como realidade
diferenciada e com direito à existência.
O anterior é certo e
visível no dia a dia de todos e todas nós. Os mecanismos de poder
lingüístico mantenhem-se em maos do espanholismo de maneira
inegociável para eles. A açom desgaleguizadora nom se reduz às
etapas de governos do PP, por mais que essa força política
represente a expressom mais crua da barbárie espanhola.
Esses mesmos mecanismos
lingüicidas estám presentes nas instituiçons governadas por todas
as forças do espanholismo, “duro” e “brando”, e atuam de
maneira decidida, favorecendo e favorecendo-se, em simultáneo, da
desarticulaçom da comunidade lingüística galega.
Concelhos, deputaçons,
governo autónomo, organismos de justiça, ensino público e privado,
meios de comunicaçom, poderes económicos... todos eles som
expressons dos interesses oligarquia espanhola dominante e contam com
a vergonhosa colaboraçom da classe dirigente galega, vendida e
renegada.
Hoje é bem visível o
resultado da cooficialidade “outorgada” pola Constituiçom
espanhola de 1978, que só marcou umha nova fase do histórico
processo de assimilaçom. Desta vez em nome do bilingüismo, preparou
o terreno para a liquidaçom definitiva do galego, que hoje está
mais próxima do que nunca estivo.
A resistência que no
plano lingüístico sempre nos caraterizou, e que nos permitiu
mantermos esse património milenar que é a língua, corre hoje mais
risco que nunca de ser varrido polos poderosos meios de propaganda e
restantes ferramentas com que conta o projeto nacional espanhol para
conseguir o seu objetivo final: deixar a Galiza sem fala, convertê-la
em mais umha regiom espanhola rendida e desarmada.
A resposta tem que estar
à altura da agressom. Devemos promover e articular a unidade de
todos os setores conscientes e defensores da nossa identidade
lingüística; devemos praticar e exercer dia a dia, em cada cidade e
em cada vila, o direito a viver e organizar-nos em galego;
mobilizar-nos e denunciar cada nova agressom, mantendo sempre em alto
a bandeira que melhor representa o que ainda somos: galegos e
galegas.
- Querem converter o galego em língua marginal e estrangeira na própria pátria: defendamos a sua centralidade em toda atividade social, sem concessons.
- Querem que o galego seja umha fala regional, “autonómica” e dependente do todo-poderoso espanhol: afirmemos e pratiquemos a unidade lingüística galego-luso-brasileira, pois o galego fai parte de um amplo espaço lingüístico internacional e nom podemos desperdiçar o que isso supom.
- Querem converter o conflito lingüístico num assunto institucional, decidido polas maiorias e minorias parlamentares: levemos o conflito às ruas e situemos o galego por cima de qualquer fracionalismo partidista e eleitoreiro. O galego é o primeiro!
- Querem que assumamos o bilingüismo oficial e desequilibrado como inevitável, sabendo que o tempo joga a favor do espanhol: exerçamos a nossa soberania lingüística, reivindicando a Oficialidade Única do galego numha Galiza soberana.
- Querem que assumamos o espanhol e, através dele, que assumamos Espanha. Respondamos promovendo e galeguizando todo o tipo de projetos sociais, públicos e comunitários: escolas, centros sociais, produçom cultural, música, luita social, política e sindical... todo ao serviço do nosso principal sinal de identidade coletiva, todo ao serviço de umha Galiza livre e em galego.
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