1.-
Quando nasce A Velha na Horta e porque decidides juntar-vos?
A
Velha na horta nasce fai um ano escaso cumha reuniom prévia a um
concerto que organizavamos algumhas/ns d@s
que hoje estamos na associaçom. Daquela consideramos, e cremos, que
com gram acerto, que era necessário impulsionar a criaçom dum
coletivo ou associaçom, onde poder artelhar todas aquelas atividades
que até esse momento se estavam a fazer por separado.
2.-
Qual é o perfil da gente da associaçom?
Somos
tod@s rapazas e rapazes que nom superamos os 25 anos e a meirande
parte somos do Rosal ou da Guarda. A maioria de nós estuda já que
com a nossa idade o panorama nom está para outra cousa...
3.-
Realizastes um mercadinho sustentável, umha palestra sobre a Lei de
Águas, e até o próprio nome da associaçom fai referência ao
agro. Semelha que o ecológico e o rural som prioritários para
vós...
Bom,
além de ser a maioria de nós do rural, sabemos quais som as
preocupaçons da gente que nos arrodeia, e inclusive nossas. Por isto
tentamos fazer atividades das que goste toda a gente interligando-as
em certo modo com o tema socio-político, que já nom é tam bem
acolhido, muitas vezes, a primeira vista.
4.-
Tedes também umha folha informativa das novas locais, A Velha
Informa. Que temas tratastes nela? E qual é a acolhida que tem entre
a gente da zona esta iniciativa?
Sim,
ocorreu-se-nos sacar umha folha informativa mais que nada para manter
um estilo semelhante nas nossas reivindicaçons ou denúncias, e
assim ser mais facilmente reconhecível pol@s
vizinh@s
quando a mirem pola rua.
Já
iremos pola quarta e a verdade que mui mal nom escuitamos falar
dela..hehe. A única que levantou um pouco de polémica foi a última,
na que denunciamos os interesses que tinha certa gente da Guarda em
fazer-se com a comissom organizadora das Festas do Monte 2012, e ao
final pode ser que servira para algo já que arrecuarom e renunciarom
à comissom.
5.-
No passado 3 de março finalizou umha exposiçom que organizastes
sobre o rural português. Qual é a relaçom da vossa zona com o país
luso, estando tam próximos?
Achamos
que as relaçons debiam ser muito mais intensas, mais, por uns
motivos ou por outros, nom temos gram relaçom com @s noss@s
vizinh@s
excetuando relaçons de caracter pessoal.
Ainda
que, recentemente, houvo um contato por parte dumha associaçom
juvenil de Viana do Castelo que buscava outra associaçom galega para
a criaçom dum projeto internacional, mas do que nom podemos adiantar
nada, já que ainda estamos comezando com os contatos.
6.-
Isto leva-nos a outra questom também importante: escrevedes e
promocionades o reintegracionismo. Como é vista esta escolha entre a
vizinhança? Supujo-vos algum conflito o feito de escrever em
galego-português?
A
cada vez empregamo-lo mais, sobre todo a hora de dirigir-nos a
juventude. Temos ouvido certas críticas respeito ao tema mais,
cremos que nom criou conflito ningum, se nom mais bem, curiosidade,
já que aqui estando a beira de Portugal o discurso reintegracionista
pode ser mais acaído na gente que noutros pontos da Galiza.
7.-
Pensades que esta escolha ortográfica tem mais aceitaçom que
noutras zonas nas que o Português é umha realidade muito mais
afastada ou nom tem relaçom?
Nom
saberiamos respostar sem pissar em palha. Cremos que somos a primeira
associaçom própria do Baixo Minho que emprega o galego-português...
Ainda que outra cousa seria a acepçom que esta tenha entre a gente
dumha zona ou outra, que se quadra, poderia ser maior entre as
povoaçons mais achegadas à raia.
8.-
Comentades no vosso blogue que pretendedes ser umha “alternativa de
ativismo social”. Qual é a situaçom da dinamizaçom cultural na
vossa zona, promove-se desde as instituiçons? E existem outras
associaçons parecidas à vossa na Guarda e o Rosal?
Sim,
o que pretendemos é criar mentes críticas com a diversa temática
das nossas atividades.
As
instituiçons nom promovem só permitem e nalguns casos apoiam,
dependendo de cada concelho, claro.
Existem
4 ou 5 associaçons mais em todo o Baixo Minho (Tui, Tominho, o
Rosal e a Guarda) com as quais tentamos manter cada vez relaçons
mais estreitas, mas com as que ainda nos comezamos a relacionar fai
pouco, já que na maioria dos casos nom nos conheciamos pessoalmente.
9.-
Que projetos tedes para o futuro?
Bom,
a verdade que estamos a trabalhar em várias frontes. Assim por riba
podemos dizer-vos que por umha banda tentaremos manter o nível de
atividades deste primeiro ano de vida, mantendo as atividades que
mais sucesso tiverom como puido ser o Mercadinho. Por outra banda,
como dixemos antes, estamos a espera de ver como avanza o tema com a
associaçom portuguesa. Também no âmbito cultural levamos um tempo
preocupad@s
polo futuro das Festas do Monte, quase centenárias, e para as quais
temos pensado fazer algo para que saiam o melhor posível. E por
último, estamos trabalhando na criaçom dumha “Coordenadora
Anticapitalista do Baixo Minho”, para a qual estamos entrando em
contato com diversos coletivos, associaçons e organizaçons da
comarca, com o fim de criar um tecido associativo que serva de
ferramenta de luita contra o capital, tam necessária nestes tempos.
10.-
Outros comentários.
Muito
obrigad@s
por permitir dar-nos a conhecer neste magnífico jornal como é o
Novas. E animar-vos a seguir sachando, sem trégua, desde abaixo e
contra os darriba.